Uma pequena carta de apreço xenixiano

Para a comunidade xenogênero, a qual eu aprecio profundamente.

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Eu aprecio, por todas as singularidades e por tudo que representam para mim, pessoas xenogênero. Há uma beleza, e até um aspecto revolucionário, em sua identificação, que me fez e ainda me faz, não me importar em pertencer.

Aprecio pessoas gênero-estrela, malificae, gênero-gate e vanarela; animais. Aprecio a pluralidade, o espectro de cores, as múltiplas vivências. Aprecio tudo e mais um pouco, e aprecio do menos até o demais.

Eu aprecio essa comunidade, que abriu a minha mente para várias possibilidades de ser, que me ensinou a não aceitar o que ês outres esperavam de mim. Que me ensinou que conformidade não é a resposta. Que ser “incomum” é rebelião. Que nós não fomos feites pra obedecer à norma.

Aprecio essa constelação de luzes espalhadas pelo globo que me fez entender — entender a neuroatipicidade, a complexidade, a mágica, o sobrenatural e o não convencional, das minhas identidades, e toda a diversidade que xenogênero é capaz de abranger.

Todo o meu amor para quem quiser. Todo o meu apreço xenixiano para vocês.

— Atenciosamente, uma pessoa parcialmente xenogênero no meio do nada.